quinta-feira, 30 de outubro de 2008

De Volta a EMPARN

Ontem, na emparn, presenciei algumas das mais belas cenas da minha vida até agora.. Pode parecer besteira pra maioria, pode parecer viagem, mas eu dou valor sim, as pequenas coisas que a vida me oferece, e quando eu falo pequenas são pequenas mesmo pra maior parte das pessoas que passa por essa vida sem observar as coisas a sua volta, sem sentir o cheiro das folhas secas molhadas, sem sentir a terra suave e batida, sem ouvir a correnteza de um rio numa tarde qualquer de um dia qualquer que na verdade não é qualquer dia, era o Dia Certo, era a hora certa.

Antes que se perguntem-me... Não, não fiquei com ninguém ontem pra estar feliz hoje... mas pelas imagens me proporcionadas pela mata, pelo primeiro passarinho, estranho, mas lindo que avistei, de um tom marrom avermelhado, quase que cor de vinho, um vinho que teria caído muito bem para brindar aquele lugar sempre tão maravilhoso e cheio de surpresas, o caminho das arvores, caminhamos eu e minha amiga, eu sempre tomando pequenas atitudes Padrões e muitas vezes não percebidas pela outra parte, mas promovidas propositalmente para faze-la sentir-se em casa, ate penso que consegui.

A trilha se passava.Continuamos e conversamos cada vez mais, conhecendo-nos o que é sempre muito bom, afinal uma amizade se constrói a partir do conhecimento mútuo. O caminho que se percorre comumente em 3 horas. Fizemos em 1 hora no máximo.. Pouco tempo verdade, poderia ter aproveitado mais, porém a pressa em buscar a sua mãe não permitiu. haviam ainda por ali algunus Urubus-Cabeça-vermelha Planavam por lá e pela primeira vez eu os vi de perto, tinha um pássaro de canto estranho teimava em entoar um canto antes nunca ouvido, o outro, antes nunca visto, tão azul que parecia um pedaço desprendido do lençol celeste voava tão próximo, mas tão rápido que me lembrou um certo sentimento, que as vezes nos pega desprevenido passa ao nosso lado e agente não consegue segurar para apreciar, O Coleodactylus que surgiu no meio do folhiço interrompendo uma historia, que eu julgo, triste e desapareceu como alguém que quer cortar um assunto para que outro possa surgir.

Assim, conversando até o rio, descobrindo coisas, dessa vez sobre um ser humano, não sobre os bichos ou plantas de lá, chegamos ao objetivo primário da missão de ontem, soltura do Iguanna Iguanna que levamos, era a hora da aposta.. eu já sabia que eu ia perder, ela foi mais esperta do que eu e apostou que o iguana nadaria para a margem direita do rio. Ora, se ele entrou pela margem direita... Se ele viu o caminho da margem direita ate o meio do rio, onde eu estava, qual era o caminho que ele iria tomar, o da direita.. Mas tudo bem.. “Pela Experiência que eu tenho aposto que ele vai nadar pra esquerda” solto o animal.. perdi a aposta... depois de revigorada as energias na água, de volta pra casa, ouvindo cantos, e nossas vozes apenas, foi um bom passeio entre amigos, e despedindo-se de nós, o sol, já baixo, refletiu seus raios nas penas de um Lindo Beija-Flor-Tesourão que pairou fronte ao carro e foi embora com um ar soberano e delicado. Este também sendo visto por mim pela primeira vez. Obrigado à natureza que me proporciona sempre boas aventuras e lindas imagens que ficaram guardada com muito carinho...



Dedicado ao Beija-Flor

Um comentário:

Srta Emy disse...

Dedicado ao beija-flor? Talvez! Acho mesmo que dessa vez a sutileza dos detalhes é encantadora. Será porque observou outros detalhes não comentados? Hummm... sempre e sempre otimista!Orgulhosa de você!
Amuuuu...
Beijo malvado!
:*